Publicado em 14. Outras Modalidades, Falecimentos

Falecimentos – Off-Tap – Pina Bausch

Pina Bausch
Pina Bausch

Do portal G1:

A coreógrafa alemã Pina Bausch, considerada a grande renovadora da dança moderna, morreu hoje aos 68 anos, informou o Teatro Wuppertal Tanztheater, onde desenvolveu boa parte de sua carreira.

Pina criou novas formas e estilos no teatro-dança nos anos 70, que dez anos depois chegou a ter a mesma importância que o teatro falado, na Alemanha.

Há cinco dias, Pina tinha sido diagnosticada com um câncer que acabou sendo fulminante, embora as circunstâncias de seu falecimento não tenham sido divulgadas.

Poucos dias antes, Pina estava nos palco com sua equipe, como o habitual.

Pina Bausch nasceu em Solingen, no oeste da Alemanha, no dia 27 de julho de 1940 e começou sua carreira como dançarina em 1955, na recém fundada Escola da Dança de Essen, criada e dirigida por Kurt Joos. A coreógrafa revolucionou a história do teatro-dança anos depois.

A notícia foi encontrada aqui.

Publicado em Fred Astaire

Caetano, Michael e Fred Astaire

Depoimento de Caetano Veloso, publicado no Globo Online, sobre a morte de Michael Jackson:

A notícia da morte de Michael Jackson foi um grande abalo. Cheguei ao Teatro do Sesi de Porto Alegre e, ao ser informado, pensei imediatamente em meus filhos Zeca e Tom. Logo Daniel Jobim me veio à mente. Ele é conhecedor e devoto de Michael desde a infância. Moreno, meu filho mais velho, também dedicou afeto intenso à figura desse gênio do nosso tempo. Mas são meus filhos menores que hoje se sentem mais atraídos por seu estilo. Como todo mundo, acompanhei Michael desde que ele era pequeno. Como todo mundo, fiquei siderado pelo cantor e dançarino de “Off the Wall” e “Thriller”. Como todo mundo, fiquei entre fascinado, enojado e apreensivo diante das transformações físicas por que ele passou. O que quer que tenha havido entre ele e aqueles meninos cujos pais o processaram, acho-o moralmente superior a esses pais. Michael é o anjo e o demônio da indústria cultural. A serpente do seu paraíso e seu mártir purificador. Os talentos artísticos extraordinários frequentemente coincidem com vidas torturadas e enigmáticas. Michael era um desses talentos imensos. Dançando “Billie Jean” na festa da Motown ele foi sim tão grande quanto Fred Astaire: comentava o Travolta de “Saturday Night Fever” e o Bob Fosse do “Pequeno príncipe” (este, uma influência fortíssima e evidente, que nunca vi mencionada). Vou entrar agora no palco pensando em Tom, Zeca, Moreno e Daniel – e, com um nó na garganta, no sentido da nossa atividade. Ele a representava em sua totalidade, fulgurantemente, tragicamente, divinamente.

Leia este e outros depoimentos clicando aqui.

Publicado em Cláudio Figueira, Off-Tap-RJ

Rio, RJ – Off-Tap – O Som da Motown

Embora não seja um espetáculo de sapateado ou dança, os realizadores são Claudio Figueira (sapateador, coreógrafo e produtor dos saudosos Tap Encontros realizados no Rio de Janeiro) e o coreógrafo Renato Vieira:

Musical, agora mais versátil e refinado

(Macksen Luiz, Jornal do Brasil)

Com uso elaborado da trilha sonora, teatralidade se sustenta bem mesmo sem texto

Cada vez mais presente nas temporadas cariocas, o musical adquire diversidade e refinamento que não se imaginava comercialmente possível há poucos anos. O gênero se multiplicou em formatos que variam dos clássicos da Broadway a biografias cantadas, de adaptações nacionais a shows teatrais. E é deste gênero O som da Motown, que ocupa o Teatro Leblon com sucessão de exemplares da black music nascida e divulgada pela gravadora de Detroit no início dos anos 60.

Não há texto, muito menos informações sobre essa máquina de lançar cantores negros em escala mundial, apenas sequência de hits que marcaram por décadas a cultura pop, mas nem por isso menor teatralidade. Com a lembrança recente e bem-sucedida de Beatles num céu de diamantes, com que a operante dupla Charles Möeller e Cláudio Botelho inaugurou o estilo, O som da Motown segue a mesma trilha de aproveitar cenicamente o material musical como representação de compositores ou de um movimento.

Pelas entrelinhas do repertório se desenham o caráter das composições e o espírito do tempo. O elenco “atua”, cantando, e por sua voz se estabelece o cenário de onde as canções surgiram e se percebe o mundo que seu som ecoa. Os diretores Renato Vieira e Cláudio Figueira selecionaram 50 músicas que desfilam sem preocupação didática ou cronológica, procurando reproduzir a força expressiva das canções e mimetizar timbres e visuais. Desta forma, a dupla de diretores constrói musicalidade teatral, na qual apenas as projeções “informam” sobre o período, flagrando os cantores da Motown que, ilusoriamente, tão bem se corporificam diante de nossos olhos.

Para além das projeções – a melhor delas, quando a cantora-atriz faz dupla com Michael Jackson num dueto vibrante -, os excelentes figurinos de Marcos Oliveira são decisivos na caracterização das cantoras e do universo da gravadora. O cenário assinado pelos diretores, ambienta, com luz de Eduardo Salino, o aspecto de show musical, reproduzindo a estética colorida e os brilhos que enquadravam as vozes do soul e de outras reverberações sonoras negras.

O arranjo e a direção musical de Fernando Lopez, a direção vocal de Everton Louvize e os músicos Robson Rodrigues, Márcio Amaro, Moisés Camilo e George Oliveira, demonstram a qualidade profissional que o gênero atingiu nas produções nacionais.

Mas todo esse cuidado na embalagem estaria perdido se o elenco não correspondesse ao desafio de interpretar, musical e corporalmente, a sonoridade da Motown. As cinco cantoras – Simone Centurione, Thalita Pertuzatti, Ellen Wilson, Alcione Marques e Débora Pinheiro – se impõem, não só pelas vozes, como pela interpretação gestual e coreográfica dos cantores que encarnam.

A multiplicidade de participações, numa gama de nomes, das Supremes a Lionel Ritchie, de Jackson Five a The Temptations, revelam ótimas cantoras e, suspeita-se, algumas atrizes com temperamento para outras modalidades de musical.

Fonte: JB Online.

Publicado em Passo de Arte, São Paulo, SP

São Paulo, SP – Selecionados no Passo de Arte 2009

Todos os participantes com notas superiores a sete tem vagas garantidas no 17º Passo de Arte. Abaixo, os selecionados nas categorias de sapateado do “I Passo de Arte São Paulo”, que aconteceram dia 18.06.2009. Confirmar a inscrição até o dia 26 de junho de 2009. Fonte: site oficial.

Conjuntos de Sapateado – Pré

3o. lugar (empate) – Infantil da Fabrica De Artes (Sao Carlos – SP) – “Tap das Flores” – média 7,33

3o. lugar (empate) – Balleteatro Monica Minelli (Sorocaba – SP) – “Um Show de Conchinhas” – média 7,33

Conjuntos de Sapateado – Juvenil

3o. lugar – Balleteatro Monica Minelli (Sorocaba – SP) – “Ladies of Drakon” – média 7,23

Selecionado – Ballet Ana Araujo (SJCampos – SP) – “Contrapasso” – média 7,10

Conjuntos de Sapateado – Adulto

2o. lugar – Academia Corpo Livre (Valinhos – SP) – “O Tap Vai Rolar” – média 8,47

3o. lugar – Ballet Ana Araujo (SJCampos – SP) – “Doce Balanco” – média 7,50

Selecionado – Academia Corpus (SJCampos – SP) – “Reggae Night” – média 7,03

Selecionado – Academia de Ballet Juliana Omati (Campinas – SP) – “No Doce Compasso…” – média 7,00

Selecionado – Phoccus Cia De Danca (Sorocaba – SP) – “Tell That ” – média 7,00

Conjuntos De Sapateado – Avançado

1o. lugar – Monique Paes Studio de Danca (Jacarei – SP) – “Haikai” – média 9,30

2o. lugar – Espaco Releve de Artes e Desportos (Caieiras – SP) – “Ciganos” – média 8,77

3o. lugar – Ballet Marcia Lago (São Paulo – SP) – “Ki, Lei Dos Copio” – média 7,60

Selecionado – Fabrica Das Artes (Sao Carlos – SP) – “Sapateando, Nao, Chinelando” – média 7,30

Publicado em Off-Tap-RJ

Rio, RJ – Off-Tap – Georges Momboye

No João Caetano, no Rio. Publicado no Globo Online:

O bailarino Georges Momboye carrega experiências de um vilarejo tradicional na Costa do Marfim, onde dançava em volta do fogo, e do melhor da dança contemporânea, do jazz e do hip hop, no contato com coreógrafos como Alvin Ailey e Rick Odums. Desde 1992, ele tem sua própria companhia em Paris, criada para mostrar que a dança africana não é só folclore, mas está bem viva e se renovando. Apesar de agora se dedicar apenas a coreografar e a dar aulas, Momboye vai abrir uma exceção e dançar na turnê brasileira de “Boyakodah”, que chega ao Teatro João Caetano nesta terça (23.06) e na quarta-feira (24.06), às 20h.

Leia mais clicando aqui.

Publicado em 14. Outras Modalidades, Falecimentos

Falecimento, RJ – Roberto Pereira, crítico de dança

Roberto Pereira
Roberto Pereira

Segundo o JB Online, faleceu na madrugada deste domingo, 21.06.2009, de insuficiência respiratória aguda, Roberto Pereira, de São José dos Campos mas que há 10 anos era crítico de dança do Jornal do Brasil no Rio de Janeiro:

Aos 43 anos, Pereira era uma referência no pensamento sobre esta arte no Brasil. Coordenador da faculdade de dança da UniverCidade e diretor da Companhia de Dança da Cidade, que se apresentou, sob sua orientação recentemente em Berlim, era Doutor pelo Departamento de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, sob orientação da Profª Dra. Helena Katz.

O corpo está sendo velado no cemitério São João Batista neste domingo, das 15h às 19h e será trasladado para sua cidade natal, São José dos Campos, onde será cremado. O professor preparava três livros, dois dele em fase de edição.

A nota foi encontrada aqui.

Da Agência JB:

Roberto Pereira dedicou a carreira a pensar teoricamente a dança e contribuiu de maneira significativa para a produção de bibliografia para os que dedicam a esta arte. Entre os escritos estavam os verbetes sobre o Brasil no Dictionnaire Larousse de la danse (2008, 2ª edição), publicação francesa com ressonância mundial, elaborados ao lado da também professora e crítica Silvia Soter.

Atuante, Pereira foi também curador do “Panorama de Dança”, do projeto “Novíssimos” e de outras iniciativas importantes, como os Seminários de Dança do Festival de Joinville, o maior do país. Em abril levou sua companhia para apresentações em Berlim.

Sobre Pereira, a bailarinha Márcia Rubim diz: “Além de amigo, ele era meu crítico. Na dança somos poucos e sempre trabalhamos juntos. Roberto era uma referência, seu trabalho construía um a maneira relevante de pensar a área e por isso é uma perda real, irreparável”.

No Globo Online:

Considerado um dos principais teóricos de dança do país, o crítico, pesquisador e professor Roberto Pereira morreu na madrugada deste domingo, aos 43 anos, de insuficiência respiratória aguda.

Diretor e professor da Faculdade de Dança da UniverCidade, idealizou a Cia. de Dança da Cidade, escreveu vários livros, como “Eros Volusia – A criadora do bailado nacional” e “A formação do balé brasileiro: nacionalismo e estilização”, e foi, de 1998 a 2003, ao lado de Lia Rodrigues, curador do Panorama RioArte de Dança, principal festival de dança contemporânea do país.

A nota acima foi encontrada aqui.

Textos de Pereira para o site Idanca.net, onde foi encontrada a foto acima: clique aqui.