Publicado em Off-Tap-RJ

No jornal – Off-Tap – Tecido

Matéria de Marcia Foletto no Globo Online em 17.04.2011:

A imagem, emoldurada pela janela do casarão, chama a atenção. Garotas enroladas em tecidos longos e coloridos dançando e fazendo piruetas penduradas no teto. Há anos observo a cena, mas a coragem para fazer uma aula veio só após uma conversa com uma amiga que garantiu ser fácil. A dança aérea tem origem nas atividades circenses e há cerca de uns 15 anos chegou às academias como uma opção divertida para entrar em forma. Com movimentos de subidas, posturas, chaves, quedas e descidas, os exercícios trabalham braços, costas e abdômen. A atividade exige força, flexibilidade e concentração, mas a primeira barreira a vencer é a idade. A maioria dos alunos tem menos de 15 anos e você já entra no salão se sentindo tia-avó. Mas adolescentes são animados e, encorajada por todos, comecei a aula da coreógrafa Carolina Furtado, na Academia Nissei.

A primeira parte da aula, que dura duas horas, é um pesado alongamento. Já dá para sair dolorida. Depois vem um breve aquecimento com movimentos de acrobacia e, enfim, os tecidos! Ao segurar naquele pedaço de liganete azul, lembrei imediatamente das cortinas da sala da minha mãe, onde adorava me pendurar quando criança. Para os iniciantes, a primeira lição é subir no tecido. Simples: segurar com as duas mãos, enrolar o pano na perna e fixar com o outro pé. Puxar o tecido para junto do peito e começar tudo novamente. Simples? Na primeira tentativa descobri que anos de musculação e corrida não serviriam para nada. É preciso muita força para sustentar o corpo. Mãos e braços tremendo, novas tentativas e novos movimentos. A maior emoção foi rodar de cabeça para baixo com as pernas presas em um nó do tecido. Parecia que eu estava voando, apesar de estar a poucos centímetros do chão.

Apaixonada pela dança nos tecidos, Carolina conta que a alegria maior dos alunos é o momento da queda, quando o corpo envolvido pelos panos é lançado no ar. Parece perigoso, mas as amarrações são bem orientadas e colchões grossos no chão amortecem possíveis quedas. O risco maior são queimaduras provocadas pelo atrito do tecido no corpo, por isso a roupa indicada é uma malha inteira com mangas longas e calças compridas. Não há contraindicações. “Cada um pode evoluir na técnica junto com os limites do próprio corpo”. Alguns dias depois, com braços e abdômen ainda doloridos, ficou a vontade de repetir a aula.

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Autor:

Blog do informativo Divulgando o Sapateado Por Aí

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